
Na semana ada foi veiculado na internet um vídeo de uma professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) gritando com alunas em discussões dentro da sala de aula [veja na reportagem aqui]. Nas imagens a professora do curso de Jornalismo aparece falando que é doutora, e que a aluna não tem competência. A briga teria acontecido porque a aluna estava lendo um livro de outro assunto que não estava sendo tratado na aula, deixando a professora com raiva. A universidade abriu sindicância para investigar o ocorrido.
A estudante paranaense que aparece nas filmagens, Bruna Ortolan, se mudou para João Pessoa no fim do ano de 2012 para estudar. “Estou tentando esquecer o que aconteceu. Continuei vindo nas outras aulas dela, tentei fazer o que ela pediu, parei de ler livros durante a aula dela e ela me tratou normalmente, como se não tivesse acontecido nada. Mas realmente foi difícil”.
Aline Lucena, coordenadora de Qualidade de Vida, Saúde e Segurança no Trabalho da UFPB, argumenta que “no vídeo é possível ver que ela se encontra em momento de sofrimento psíquico. O docente antes de tudo é um educador. Os valores que ele irá ar permeiam pela relação com os alunos, que deve ser de confiança e respeito”.
“Em abril vamos iniciar exames periódicos na UFPB, traçando o perfil de todos os servidores e de como se encontra a saúde mental de cada um”, disse a coordenadora. Outro vídeo também de alunos de Jornalismo mostram a mesma professora discutindo com outra aluna. As imagens mostram a professora dizendo que as alunas não têm autoridade para fazer reclamações, já que não prestam atenção na aula e que chegam atrasadas. A aluna aparece discordando, dizendo que chegou no horário certo.
Juliana Baltar, que aparece na segunda filmagem, comenta que “os alunos ficam na apreensão, porque nas aulas seguintes ela trata como se nada tivesse acontecido, assim como aconteceu com a Bruna. Ela tem essa diferença de personalidade de um momento para o outro”.
A diretora do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Mônica Nóbrega, explica que “a partir do vídeo foi formada uma comissão de sindicância. Já está sendo feita, e a comissão terá um mês para averiguar o que aconteceu. Todos os envolvidos serão ouvidos e então vamos ter uma indicação do que fazer, dependendo do resultado”.
Fonte: G1PB
